19 setembro, 2011

As novidades do Windows 8 [+update]


A Microsoft está a todo vapor desenvolvendo a nova interface e as funcionalidades do Windows 8. O grupo responsável pelo projeto a cada pouco solta uma nova informação sobre as novidades do sistema operacional, que deve ser lançado no terceiro ou quarto trimestre de 2012.
Com a ajuda do sistema de telemetria instalado no Windows 7 e de pesquisas de opinião pública, os desenvolvedores tentam criar um software que seja ao mesmo tempo novo e fácil de usar, mas mantenha características familiares aos usuários antigos.



A equipe Adrenaline reúne aqui tudo o que se sabe até agora sobre o mais recente SO da gigante de Redmond. O artigo vai ser atualizado toda vez que soubermos de novidades, então fique atento.

Metro ou Desktop


O Windows 8 vai disponibilizar para o usuário dois tipos de interface, entre as quais ele vai poder escolher e trocar quando quiser: O modelo Metro e o clássico Desktop. O novo design, que lembra os sistemas operacionais de tablets e outros dispositivos touchscreen, funciona com Tiles, ou tijolos, blocos de informação com feeds e informações sobre cada aplicativo. Muito semelhante ao Windows Phone 7. A ideia dos desenvolvedores é permitir uma alta capacidade de personalização e facilitar a visualização e a utilização de apps.

Os Tiles servem para mostrar dados sem que a pessoa tenha que abrir o programa. Atualizações do Twitter, temperatura da cidade naquele momento e postagens mais novas dos blogs favoritos podem ser vistos assim que o sistema é aberto. Para ver mais aplicativos, basta rolar a tela para a direita.


Os usuários poderão escolher quais aplicativos querem que apareçam, a posição de cada um e os favoritos. Programas conhecidos da Microsoft com o pacote Office e o Internet Explorer, é claro, também possuem miniaturas em bloco e podem ser acessados por ali.


As múltiplas janelas abertas podem ser vistas em cascata, como no modelo antigo e passar de uma a outra depende só de um toque ou uma clicada. A passagem de uma aba para outra, por exemplo em um browser, também deve ficar oculta e ser acessada da mesma maneira que a barra de menu, aproximando o mouse ou passado o dedo.


Um clique em um dos tijolos abre em tela cheia o software escolhido. Trocar de aplicativos  pode ser feito dando um Slide, clicando e empurrando para dentro da tela a janela que se quer ver. O sistema também permite que dois apps sejam vistos ao mesmo tempo, um aparecendo em 3/4 da tela e o outro em 1/4.


A interface só complica a usabilidade do mouse, que muitas vezes necessita de mais precisão e consegue funcionar com ícones menores. Por isso, a Microsoft decidiu não abandonar o sistema Desktop e atualizá-lo. Mais sobre algumas melhoras no sistema você pode ler nas próximas páginas.
A Faixa


Um dos grandes problemas do Windows 7 registrado pelo sistema de telemetria era a dificuldade dos usuários casuais em encontrar funções simples como a cópia, o recorte e a colagem. Um simples “ctrl+c-ctrl+v”, que leva em média menos de dez segundos para ser concretizado, nas mãos de um inexperiente demorava quase dois minutos. Isso porque muitos dos consumidores do sistema operacional não estão acostumados a usar o Windows Explorer.

De acordo com dados obtidos pela equipe de produção, das dez funcionalidades mais utilizadas, apenas duas estavam colocadas na barra superior de comandos. Considerando que essas dez maiores utilidades correspondem a 82% do uso total do Explorer, é fácil de entender a preocupação dos desenvolvedores para melhorá-las.

Para resolver o problema, a Microsoft vai instalar no topo da interface das janelas uma faixa parecida com as que usa nas versões atuais dos produtos do pacote Office. Será uma espécie de menu com mais de duzentas funções acessíveis com apenas um clique. O sistema é chamado de Ribbon. Dessa maneira, os botões estarão colocados em uma área de fácil visualização e agrupados em sessões temáticas.



Ao todo, estão planejados três sub-menus: “Home”, “Share” e “View”. O primeiro, “Home”, vai conter as funções mais básicas. Por ali, o usuário vai pode copiar, colar, enviar para outra pasta, recortar, deletar, renomear, ver as propriedades dos arquivos, abrir e editar, entre outras. O segundo, “Share”, vai organizar as possibilidades de compartilhamento entre usuários de uma mesma rede, de compactação e envio por e-mail e de gravação em mídias externas. O terceiro, “View”, vai mostrar as opções de visualização dos arquivos e dos menus.

A faixa também vai conter uma lista com os arquivos e as pastas visitadas mais recentemente, as mais vistas e até um atalho para o prompt de comando. Para cada tipo de pasta diferente, uma série de ferramentas aparecem na lista, desde rotação de imagens até formatação de disco rígido.


Para cada um dos botões do menu superior, o Windows vai disponibilizar um atalho de teclado. Assim, os usuários experientes vão poder otimizar a utilização do sistema operacional e se adaptar melhor ao novo design. Aliás uma das preocupações da equipe de desenvolvimento foi permitir ao consumidor usual  uma série de possibilidades de personalização. Eles criaram uma barra de funcionalidades rápidas chamada Quick Access Toolbar, que pode ser customizada com os botões que o usuário escolher.


Motivados pelos pedidos dos entrevistados nas pesquisas com o público, reinstalaram também o botão “UP”, que retorna à pasta imediatamente exterior à mostrada. O botão existia no Windows XP, mas foi retirado no Windows 7.


Para os que se preocuparam com a diminuição no número de arquivos visualizáveis sem rolar a página por causa da barra superior, o grupo afirma que a nova janela pode mostrar até duas linhas a mais de arquivos. Isso porque, no novo desenho, as propriedades do arquivo serão mostradas no lado direito e não mais em uma barra na parte de baixo. Além de limpar a tela, o modelo facilita o entendimento dos dados.

Transferência de vários arquivos


Mover mais de um arquivo de uma pasta para outra em qualquer versão do Windows era um problema. O sistema abria uma janela para cada transferência, não te dava controle nenhum sobre o processo e ainda mostrava estatísticas de “tempo para terminar” que mais pareciam uma piada de mau gosto. O usuário teria sérios problemas para passar arquivos muito grandes porque a capacidade inteira do computador era direcionada para a função da cópia.

A equipe de produção do Windows 8 quer reunir todos os processos de cópia, colagem e até downloads em uma única janela. Ali, o consumidor poderá obter informações detalhadas sobre a transferência, cancelar cada uma das ações ou mesmo pausá-las e continuá-las mais tarde.



Para quem quiser saber detalhes, a nova janela vai trazer gráficos com a velocidade do processo em cada momento, a quantidade de partes faltando até a conclusão, a pasta de origem e a de destino do arquivo e porcentagem concluída. O quadro ajuda na visualização dos dados com rapidez e eficiência.


Quando houver choques entre os nomes dos arquivos, a interface vai abrir uma lista com miniaturas para o usuário escolher quais quer manter e quais que apagar. Ao lado, o sistema vai dispor dados como o tamanho do arquivo e a data de alteração.

Por fim, eles removeram muitas das confirmações para que uma ação comece. Perguntas como “Você tem certeza que quer mover este arquivo para a lixeira?” não vão mais aparecer para atrapalhar a experiência do consumidor.
Suporte para ISO


O Windows 8 vai permitir o acesso à imagens de disco sem que o cliente precise gravá-las em mídias ópticas, nem usar softwares específicos. A interface vai contar com o botão “Mount”, específico para arquivos com extensão ISO, que vai criar um drive digital, como se o usuário tivesse acabado de inserir um CD ou DVD no computador.


Quando tiver terminado de usar o arquivo, o sistema pode ejetá-lo virtualmente. De novo, o efeito é o mesmo de quando se ejeta manualmente uma mídia externa. Tudo pode ser feito em um clique, usando a faixa no topo da janela.


Os arquivos de imagem de disco são muito usados por vendedores para distribuir seus softwares. Aplicativos de Backup, em geral, também criam arquivos ISO para armazenamento. Normalmente os dados que podem ser gravados em mídias ópticas e transportadas para outros aparelhos são gravados nesse formato.

O acesso a discos rígidos virtuais também foi simplificado. O formato VHD é uma compilação de tudo o que há em um disco rígido a u único arquivo. Os softwares de virtualização Hyper-V e Virtual PC são os dois mais conhecidos que produzem esse tipo de compactação.


Acessar arquivos VHD no Windows 8 vai ser muito parecido com abrir arquivos ISO, com a diferença de que não vai montar discos removíveis, mas um novo disco rígido. Dessa forma, o usuário pode trabalhar com a  virtualização da mesma maneira que usaria um HD instalado na máquina. Todas as mudanças feitas permanecerão no arquivo.
Inicialização rápida


O blog oficial dos desenvolvedores do Windows 8 publicou também um vídeo mostrando um notebook com SSD iniciando o sistema operacional. A resposta é muito rápida. A representante da equipe está com a bateria na mão, provando que não havia como o sistema estar no estado de hibernação clássico.

O segredo, de acordo com os criadores, é a criação de um novo sistema de hibernação que não exige nenhuma fonte de energia elétrica. O sistema cria um arquivo hiberfile.sys que fica salvo no disco rígido do computador e leva muito menos tempo para ser carregado do que uma inicialização total. Enquanto o antigo “desligar e reinicializar” tinha que carregar cada drive, cada serviço, o Windows 8 carrega um único arquivo.

 
A função de desligamento geral, é claro, ainda estará disponível, mas será colocada em segundo plano. A hibernação, agora, fará todas as suas funções, garantindo que as sessões abertas no último desligamento sejam apagadas. A reinicialização ainda será necessária para a preparação do sistema para instalação de hardwares.


Veja os gráfico abaixo comparando a inicialização do Windows 7 com o Windows 8:
Até agora, isso é tudo o que sabemos sobre o novo sistema operacional. Fique ligado que o artigo vai ser atualizado toda vez que soubermos de novidades.

Built [update]
Microsoft divulgou ontem (13/09) mais novidades a respeito do Windows 8, em uma conferência batizada deBuilt, realizada em Anaheim, na Califórnia. Como não poderia deixar de ser, o enfoque da “keynote” foi resumidamente as inovações da empresa com relação à sua interface e aos aplicativos, além de abordar rapidamente vários outros aspectos que estarão presentes na nova versão do sistema operacional.

Pelo que você acompanhou até agora, já pode perceber que este Windows representará uma mudança gigantesca em relação ao consagrado 7 (Seven), este salto pode ser comparado, por exemplo, ao que aconteceu com o Windowx XP – que mudou totalmente alguns conceitos perpetuados por Windows 95,98, NT, 2000 e Millenium – tornando-se o segundo maior sucesso da empresa, ultrapassado há pouco tempo pelo atual Windows 7.
Esquecendo um pouco a interface, que como você já sabe terá duas versões diferentes (uma mais voltada a aparelhos menores com suporte a touchscreen, e uma mais tradicional, que aposta nos clássicos mouse e teclado), o principal anúncio da Microsoft girou mesmo em torno da tendência de mercado, consolidada nos já famosos apps, ou aplicativos, e não só de como se dará o uso deles, mas também de como serão “facilmente” produzidos e disponibilizados.
Durante a conferência, em pouco mais de 10 minutos  foi criado um app ao vivo, mostrando todos os caminhos até disponibilizá-lo para download na internet, inclusive a escolha do preço de venda e tempo de utilização grátis, o popular Trial.

Esta é, de fato, a principal inovação do Windows 8 em relação aos concorrentes que utilizam o mesmo tipo de sistema de compatilhamento de aplicativos (como Android e IOS). Uma vez que a Microsoft permitirá a escolha da linguagem que o desenvolvedor preferir para criar seus aplicativos, diferentemente da estratégia utilizada pela atual empresa mais valiosa do mundo, e uma de suas principais concorrentes, a Apple.
Entre explicações de como funcionará o futuro sistema operacional, passando por como se dará as conexões remotas, a integração com o Windows Live, o painel de controle e o Windows task, a coisa que chamou mais atenção foi mesmo a velocidade com que o 8 consegue ser carregado, realmente muito poucos segundos, conforme já havia anunciado a empresa, e apresentado agora em 3 computadores seguidos – um tablet, umnotebook e um desktop. Pudera, este novo sistema usará apenas um arquivo para iniciar, como já havíamos explicado, e, além disso, usa muito menos memória do que o Windows 7, que já era elogiado por sua velocidade de inicialização, 404mb contra 281mb da oitava versão das “Janelas” (tradução livre de “Windows”).